Como criar um programa de mobilidade corporativa na sua empresa

A mobilidade faz parte do cotidiano desde sempre, seja individualmente ou no coletivo. Então o que a coloca em evidência na “vitrine mundial”? É a necessidade emergencial de se repensar como torná-la aliada na sociedade moderna em que o tempo é recurso precioso, seja relacionado para manter a rentabilidade e a alta produtividade nos negócios a prezar pela qualidade de vida da população.
Eis que entra o desafio na gestão empresarial em correlacionar essas variáveis para atender com inteligência e eficiência as exigências do mercado. O start começa por criar um programa de mobilidade corporativa na sua empresa, seja ela de pequeno, médio ou grande porte. Se a questão da mobilidade ainda não é um conceito comum no seu dia a dia ou da sua empresa, recomendamos se apressar para acompanhar e colocar em prática algumas ações.
O conceito é relativamente novo no país. Tem sido aplicado para pensar na melhor estratégia para cada deslocamento do funcionário, seja da casa para o trabalho às demandas do expediente, até a implementação do uso das inovações tecnológicas. É muito além do que disponibilizar dispositivos móveis como smartphones e tablets, requer dar suporte para que o trabalho do profissional possa ser realizado de qualquer lugar com ferramentas adequadas, conectividade e segurança. A iniciativa impacta três principais aspectos na gestão empresarial: a redução de custos, melhorias na qualidade de vida dos funcionários e o aumento na produtividade da empresa.
Geralmente quem assume a função é o gestor de frotas. Ele passa a assumir um novo perfil o de gestor da mobilidade. É o profissional que passa a ter a visão holística de todo o negócio e a capacidade para:
Conduzirá a virada de chave para este novo mindset para alavancar resultados e ter sucesso na empresa, em todos os sentidos.
O que era tendência futura, esqueça, já é o hoje em nova configuração. Não há mais espaço para o gestor de frotas reativo baseado somente na questão mobilidade física da empresa. Novas perguntas passaram a protagonizar este cenário:
As perguntas acima são parte do novo mindset do profissional da área. O gestor ganha um upgrade de postura visionária ao focar a visão estratégica holística. Por exemplo, se as cidades estão em constante transformação e mais povoadas, o fator mobilidade urbana ainda carece de avanços na mesma proporção. Dados do estudo Mobility Futures, da Kantar, divulgado recentemente, projetou como será a mobilidade urbana em 31 cidades do mundo. Das 10 principais, no topo da lista estão Manchester e Moscou, São Paulo ocupa a terceira posição como a cidade mais impactada pela mobilidade em 2030. Na sequência, vem Paris, Joanesburgo, Guangzhou, Milão, Montreal, Amsterdã e Xangai.
Você pode se questionar: “Ok, são grandes centros urbanos”. Fato, todavia, as pequenas e médias cidades também enfrentam problemas de mobilidade em graus e formas diferenciadas, mas existem. E no meio deste cenário as empresas permanecem tendo que manter suas frotas em atividade, muitas vezes com dificuldade. Eis o gargalo que o gestor de frotas precisa resolver adotando novas abordagens que enfatizem a flexibilidade e a eficiência para atender todos os lados do negócio.
Na prática, o gestor de frotas será o novo gestor de mobilidade em toda a cadeia corporativa. É o responsável pela forma como as pessoas se locomovem, quaisquer que sejam os seus modais de escolha (bicicleta, carro, ônibus, metrô, trem, transporte público). Analisará a viagem do condutor fornecendo opções de como ir do ponto A ao ponto B propondo soluções econômicas, eficientes, dinâmicas e otimizadas para que a sua organização se movimente. Poderá detectar se é mesmo necessário se locomover em determinada situação e se a forma escolhida é a mais apropriada, visto que o ser humano inconscientemente escolhe o que for mais conveniente.
Aqui temos um exemplo que ilustra bem a questão. As soluções de deslocamento mais comuns nas empresas estão relacionadas aos carros. É uma escolha prática, confortável e ágil. Por outro lado, esquecemos que é só um transporte e o foco está em chegar ao destino. É a escolha do meio do processo que fará a diferença. Sob esta ótica que ocorre a mudança da teoria para a prática quando se abandonada a gestão engessada de indicadores de carro e combustível e o foco passa a ser a viagem como um todo. É o conceito da Gestão da Demanda de Viagens (GDV), termo em inglês Travel Demand Management, aplicado em várias partes do mundo.
Quando você passa a olhar para a questão da mobilidade, suas ações acabam influenciando o comportamento das pessoas dentro da empresa e assim você consegue racionalizar o uso da frota. E dessa maneira, promove o uso de outras opções de transporte mais sustentáveis e eficientes nos deslocamentos casa-trabalho dos colaboradores.
Voltando ao exemplo do carro, ele passa a ser mais uma opção entre tantas outras que podem ser utilizadas. O gestor não estará mais atrelado ao “bem” (automóvel), mas sim à inteligência da usabilidade necessária. Analisará o horário de trabalho dos funcionários, o trajeto, a necessidade da viagem, os modais disponíveis, o destino, frequência, alternativas coletivas como ônibus e carona. Vai solucionar cada deslocamento. Veja abaixo algumas mudanças que podem ocorrer:
Com um programa de mobilidade corporativa, todos saem ganhando: a empresa, o funcionário, a cidade. O gestor enxerga os deslocamentos de forma integrada e consegue influenciar na produtividade da organização, melhorar a qualidade de vida dos colaboradores e impulsionar as ações para a sustentabilidade coletiva.
Para a empresa, os benefícios ainda trazem ganhos financeiros como:
Já falamos sobre mobilidade, o novo perfil do gestor de frotas, a mudança de mindset na gestão empresarial e as vantagens de se adotar um programa de mobilidade corporativa na empresa que, inclusive, faz parte da cultura das melhores empresas do mundo conforme traz a aclamada Revista Fortune. Tá, mas então por onde começar? Não se preocupe, preparamos um EBOOK GRATUITO especialmente para você. Um guia passo a passo para ser parceiro nesta virada de chave na sua empresa. Hora de agir!
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Quatenus